Manoel de Barros

“Tudo o que não invento é falso…”

As mais de 40 pessoas que vieram da Faculdade de Educação (EDU), do Instituto de Letras (ILE), do Instituto de Filosofia e Ciências Humanas (IFCH) e da Universidade Aberta da Terceira Idade (UNATI) levaram a poesia do encontro para o nosso primeiro Cineclub Poético, na UERJ, no dia 22/06/2023.

A grande inspiração para esse primeiro encontro foi o nosso querido Manoel de Barros. Na dinâmica, contamos com a apresentação do documentário “Só dez por cento é mentira” (2008), dirigido por Pedro Cézar.

Antes de assistir ao filme, no entanto, escrevemos uma “carta para um eu”, tendo como ponto de partida algumas falas de Manoel de Barros. Afinal, quem descreve não é dono do assunto, quem inventa é…”

No documentário, conhecemos um pouco da vida e da obra de Manoel de Barros, sua humildade e leveza na forma de levar o cotidiano, seu carisma em meio à timidez, e sua relação com pessoas que marcaram a sua vida de poeta.


Em mais uma fase da dinâmica de mediação de leitura, lemos (os que quiseram) as nossas “cartas para um eu” e partilhamos, assim, as nossas escritas de si. Foi um momento único, ecoando as vozes de Manoel de Barros nas cartas que escrevemos para os nossos eu do passado, presente e futuro. Inventamos versos viajando nos deslimites das palavras… 

Finalizamos o encontro com a leitura dos poemas do “Livro das ignorãças” e um sorteio de um livro do poeta.

Foi uma tarde memorável em que tivemos a Manoel de Barros sentado do nosso lado, dizendo-nos com seu verso mais simples: “Poesia não é para compreender, poesia é para ser incorporada”.